Movimento Bem Maior fortalece organizações de impacto comunitário
Criado em 2018, o Movimento Bem Maior, organização sem fins lucrativos, nasceu a partir do desejo de engajar o maior número de pessoas na filantropia. ‘Entendendo que a sociedade civil fortalecida é o caminho para um país mais próspero’
Por Iara de Andrade
“O Terceiro Setor se constrói com base na colaboração e não na concorrência. Então, precisamos somar. E cada vez mais, existe essa necessidade de se aproximar e de construir uma agenda comum, de colaborar, de juntar esforços e evitar sobreposições e desfragmentar o setor. O setor unido é muito mais potente. É disso que a gente precisa, e é para isso que o Bem Maior trabalha”. É assim que Richard Sippli, Diretor de Operações e Relações Institucionais do Movimento Bem Maior, fala da importância do trabalho da organização.
Criado em 2018 por iniciativa de Elie Horn, também fundador da Cyrela e signatário do The Giving Pledge, juntamente com sua esposa, Suzy Horn, o Movimento Bem Maior nasceu a partir do desejo de engajar o maior número de pessoas na filantropia. “Entendendo que a sociedade civil fortalecida é o caminho para um país mais próspero”.
Composta e mantida por associados, em sua grande maioria por pessoas físicas, a entidade trabalha para fortalecer a filantropia no Brasil, atuando como uma organização financiadora e articuladora do setor. São cerca de 70 organizações parceiras em todo o Brasil, atualmente.
A partir da elaboração de projetos; doação de recursos físicos, humanos ou financeiros; coordenação, execução e apoio a programas; fomento e financiamento a iniciativas de impacto social; produção, gerenciamento e disseminação de informações sobre a filantropia; e no apoio a atuação de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, o Movimento Bem Maior busca assegurar os direitos humanos e sociais de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Futuro Bem Maior
Foi pensando nessas pessoas que a organização criou o programa Futuro Bem Maior, focado no fortalecimento de organizações de base comunitária. “O Futuro Bem Maior parte do princípio da escuta. Parte do princípio de que, justamente por vivermos em um país tão plural, não existe uma única solução. Cada região, cada contexto, tem seus desafios em um grau maior ou menor e precisa de soluções próprias. E ninguém melhor para gerar soluções próprias, do que quem conhece bem o desafio”, explica Richard.
Através de edital, organizações sociais ou coletivos que atuem há pelo menos cinco anos, em municípios com até 200 mil habitantes, podem inscrever suas iniciativas para uma parceria de dois anos com o Bem Maior, além da oportunidade de apoio financeiro e de uma capacitação de gestão.
“A ideia é que seja uma capacitação ‘customizável’ para a demanda da organização. Entendendo que não adianta só dar dinheiro, mas ser suporte também. Então, além da capacitação e do recurso, existe também o suporte da equipe do Movimento Bem Maior, entendendo os desafios específicos e tentando apoiar da melhor maneira possível”, pontua.