Museu explica sobre as origens indígenas da cidade de São Paulo
O Museu das Culturas Indígenas fará uma roda de conversa no aniversário de São Paulo para falar sobre as origens indígenas da cidade.
Por Redação.
No dia 25 de janeiro, quinta-feira, a cidade de São Paulo estará completando 470 anos, e em homenagem à capital do estado, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) promoverá um evento de contação de histórias e de significados das nomenclaturas de origens indígenas das ruas e bairros paulistas.
O evento tem início programado para às 10 horas da manhã e será guiado por mestres dos saberes indígenas, sendo eles Guarani Mbya, Natalício Karaí de Souza e Cláudio Verá. O processo de surgimento da cidade de São Paulo aconteceu em terras já habitadas por povos indígenas como os Tamoio, Tupinambá, Guarani, Tupiniquim, Carijó, Goiana, Guaianás, Puri, Tupi, Kaiapó, Kaingang, Opaié-Xavante, Otí-Xavante e outros.
Um dos lugares mais famosos conhecidos da capital paulista é o Parque Ibirapuera, que era o terreno de uma grande aldeia indígena antes de ser transformado em ambiente de lazer para a população. O nome vem do Tupi-Guarani antigo, ybyrapûera, que significa “pau podre” ou “árvore apodrecida”.
Outro cartão postal que tem seu nome concebido pela origens indígenas, é o Vale do Anhangabaú, localizado no centro da cidade. Sua origem é curiosa, uma vez que havia um rio localizado embaixo do ambiente, também chamado de Anhangabaú. O vale foi chamado assim pelos povos originários por conta de algum infortúnio causado pelos colonizadores nas imediações.
O Museu das Culturas Indígenas (MCI) foi inaugurado em 2022 com o objetivo de comunicar e fortalecer a cultura dos povos indígenas por meio de movimentos artísticos. O estabelecimento fica localizado no bairro da Água Branca e é aberto de terça a domingo com o valor de entrada 15 reais o ingresso inteiro, e 15 a meia. A entrada é gratuita todos os dias para indígenas e às quartas-feiras para o público geral.
A iniciativa do Museu das Culturas Indígenas está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Agenda ONU 2030, uma vez que a propagação e a democratização da cultura contribuem para uma melhoria na qualidade da educação e na redução de desigualdades, que são os ODS 4 e 10, respectivamente.