O continente americano está livre da rubéola
A afirmação é da Diretora da OPAS – Organização Panamericana de Saúde, Carissa F. Etienne. A região das Américas não apresentou mais nenhum caso de rubéola.
Em 29 de abril de 2015 a Região das Américas foi declarada a primeira do mundo a ser declarada livre da transmissão endêmica da rubéola, uma doença viral contagiosa que pode causar múltiplos defeitos ao nascer e até morte fetal se contraída por uma mulher durante a gestação.
O resultado é decorrente de um trabalho de 15 anos de vacinação contra sarampo, rubéola e caxumba em todo o continente. Este resultado histórico se une a outros similares como a eliminação da varíola, em 1971, e da poliomielite, em 1994, nos quais o Continente Americano também foi o primeiro em nível mundial.
A eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita foi declarada por um comitê internacional de especialistas. O comitê revisou as evidências epidemiológicas fornecidas pela OPAS/OMS – Organização Mundial de Saúde e por seus Estados-Membros, concluindo que não há mais evidência da transmissão endêmica dessas doenças por cinco anos consecutivos, o que ultrapassa o requerimento de três anos para a declaração de que uma doença está eliminada. O comitê destacou, ainda, que espera ter condições de declarar a eliminação do sarampo em um futuro próximo.
Antes da vacinação em massa contra a rubéola, estima-se que a cada ano nasciam entre 16.000 e mais de 20.000 crianças com síndrome da rubéola congênita na América Latina e no Caribe, com mais de 158.000 casos de rubéola registrados somente em 1997. Nos Estados Unidos, cerca de 20.000 crianças nasceram com a síndrome da rubéola congênita durante o último maior surto da doença (1964-1965).