ONU: médicos estão “aterrorizados” com surto de doenças em Gaza
Segundo o representante do Unicef, relatos de profissional de saúde alertam para o surto de doenças em Gaza; há risco de impacto direto às crianças que, com sistemas imunológicos mais frágeis e falta de comida, estão “perigosamente fracas”.
Autoridades de saúde de Gaza relataram que mais de 15 mil pessoas foram mortas nos ataques até o momento. Em uma atualização do sul de Gaza, o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, disse que um médico do hospital Al-Shifa, no norte, afirma que diarreia e infecções respiratórias ameaçam as crianças na região.
Segundo o representante do Unicef, relatos do profissional de saúde alertam para o surto de doenças e como isso pode impactar diretamente as crianças que, com sistemas imunológicos mais frágeis e falta de comida já estão “perigosamente fracos”.
Com a provável extensão da pausa nos combates em Gaza para o quinto dia na última terça-feira, os trabalhadores humanitários da ONU alertam que as entregas de ajuda precisam se multiplicar para atender os feridos e tentar conter o risco de um surto de doenças que deixou os médicos “aterrorizados”.
Entre as prioridades mais críticas está levar combustível para o norte do enclave, arrasado pela guerra, para que possa ser usado em hospitais; fornecer água limpa e manter outras infraestruturas civis.
Enquanto as negociações continuam para a libertação de mais reféns em troca da prorrogação da pausa nos combates, o Unicef ressaltou a situação de jovens “lutando por suas vidas”.
Com ferimentos, muitos são deitados em colchões improvisados, fora das instalações, com médicos tendo que tomar decisões “terríveis” para priorizar os pacientes.
Elder relatou o estado de um menino que teve a perna arrancada há “três ou quatro dias” quando tentava chegar ao sul do enclave. Ele ainda tinha estilhaços por todo o corpo, estava cego e com queimaduras em 50% do corpo.
Ecoando profundas preocupações sobre a escala das necessidades em Gaza, a Organização Mundial da Saúde (OMS) observou que uma avaliação realizada no norte, no início da pausa nos combates em 24 de novembro mostrou que “todos em todos os lugares tem necessidades de saúde urgentes”.
Fonte: ONU News