Oxigênio para tratar pacientes com Covid-19 em hospitais de Manaus acaba
Pesquisador da Fiocruz-Amazônia afirmou que “os hospitais viraram câmaras de asfixia”
Por: Isabela Alves
O oxigênio para tratar os pacientes com Covid-19 acabou nos hospitais de Manaus (AM). A afirmação foi feita pelos profissionais que estão atuando nas unidades de saúde da região.
O pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, afirma que recebeu diversos vídeos, áudios e relatos telefônicos de pessoas que atuam na linha de frente contando a situação dramática.
“Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia”, diz o pesquisador. “Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes.”
A falta de oxigênio ocorreu em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque.
Em entrevista exclusiva para a Folha de São Paulo, muitos profissionais afirmaram que os pacientes podem morrer já nas próximas horas por falta de assistência.
Na última quinta-feira (14), por falta de oxigênio, os pacientes estavam recebendo atendimento por meio de ventiladores mecânicos, que são equipamentos que precisam do auxílio de uma pessoa para funcionar.
Cada profissional consegue atender um paciente por no máximo 20 minutos, quando tem que ceder lugar a outro técnico.
Cerca de 30 pacientes que estão internados no Hospital Universitário Getúlio Vargas foram transferidos para o Hospital Universitário de Teresina, no Piauí.
Fonte: Folha de São Paulo
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