Perigo de tsunamis no Ártico sobe alerta no mundo para catástrofes
Geólogos acreditam que mudanças climáticas podem produzir um deslizamento de gelo e pedras capaz de provocar um tsunami no Alasca, e que esse deslizamento seria muito maior do que todos vistos no século 20
Barry Arm é uma estreita entrada do mar na costa sul do Alasca. Esta pequena área, porém, representa hoje uma ameaça com potenciais catastróficos.
Geólogos acreditam que as mudanças climáticas podem produzir nesta entrada um deslizamento de gelo e pedras capaz de provocar um tsunami no Alasca.
Este seria apenas um dos “possíveis efeitos devastadores” das mudanças climáticas no Alasca e em outras regiões do Ártico, segundo a pesquisadora Anna Liljedahl — e eles poderiam aparecer já nos próximos anos.
A geóloga disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que a preocupação sobre o Barry Arm é muito grande porque ele poderia gerar um deslizamento muito maior do que todos os vistos no século 20.
“São fenômenos diferentes dos que conhecíamos antes. E o pior é que acreditamos que eles se tornarão cada vez mais frequentes”, diz a geóloga, do Centro de Pesquisa Woods Hole, no Alasca.
Ela acrescenta que a energia de um deslizamento de terra como este poderia exceder a de um terremoto de magnitude 7.
“Esta é uma combinação muito perigosa e é apenas um dos exemplos dos perigos que temos no Alasca”, destaca.
O Alasca não é a única região em perigo, explica a geóloga do Centro de Pesquisas Woods Hole. British Columbia, uma província no noroeste do Canadá, e a Noruega também enfrentam a possibilidade de deslizamentos de terra e tsunamis devido às mudanças climáticas.
“À medida que o aquecimento global continua derretendo geleiras e o permafrost, tsunamis produzidos por deslizamentos de terra se apresentam como uma grande ameaça”, lamenta a geóloga.
O permafrost é uma camada de solo congelado existente em regiões como Alasca, Nordeste do Canadá, Groenlândia (Dinamarca) ou Sibéria (Rússia). Seu degelo é apontado como um dos principais fatores de risco para tsunamis.
Fonte: BBC News