Produzido por estudantes, papel vira planta após ser molhado
Estudantes de Pernambuco desenvolveram o projeto durante um curso e hoje administram uma empresa para colocar a ideia em prática
Por: Mariana Lima
Em 2017, as estudantes Raysa Liandra, 24, e Lília Ternório, 38, desenvolveram um projeto que consistia em produzir papel reciclado e com sementes em sua composição.
O papel pode ser usado para a confecção de cartões, convites, envelopes e caixas, e, quando molhado, libera as sementes. Assim, ele pode ser plantado para se transformar em hortaliças, flores e até árvores.
O projeto nasceu enquanto elas faziam um curso profissionalizante de assistente administrativo completo no Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), em Caruaru, Pernambuco. O negócio deu tão certo que as duas estudantes fundaram uma empresa para viabilizar a ideia, a Paper Plant.
A produção do papel é simples: os restos de papéis que elas recebem por parcerias com escolas e escritórios da região são batidos em um liquidificador até virarem uma massa úmida, semelhante a uma polpa.
A massa é moldada novamente na forma de folhas de papel, e é neste momento que são acrescentadas pequenas sementes de hortaliças, de flores e de árvores.
Já na fôrma, elas colocam uma camada de papel reciclado, outra de semente e, por cima, outra folha de papel. O material é prensado. E depois é deixado para secar.
As folhas produzidas pelo método das estudantes são mais grossas do que as de papel comum e têm relevos.
A plantação do material também é bem simples, basta colocar o papel sobre a terra e molhá-lo, o que facilitará a germinação. Também é possível enterrar o papel picado e molhá-lo, mas a camada de terra deverá ser superficial.
Para não prejudicar a germinação, é importante realizar as impressões nos papéis com tintas à base d’água. A durabilidade do papel varia de 6 meses a 1 ano, dependendo da semente acrescida nele.
Fonte: ECOA – Por um mundo melhor
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