Quem aguenta? Arroz subiu 40% e óleo de soja 84% em um ano, no Brasil
Nos últimos 12 meses, brasileiros também precisaram enfrentar aumento de 20,1% na energia elétrica, 29% no gás de cozinha e 41,3% nos combustíveis para automóveis
A inflação de julho de 2021 (0,96%) foi a mais alta para o mês desde 2002 e, no acumulado de 12 meses, atingiu 8,99%. Mas alguns itens de consumo básico do brasileiro subiram muito acima da média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.
O óleo de soja lidera a lista da inflação em 12 meses, com alta de 84,3%. O item da cesta básica quase dobrou de preço desde agosto de 2020. Ao mesmo tempo, o arroz teve uma alta de 39,7%. Ambos são itens básicos consumidos diariamente por milhões de brasileiros.
Ainda entre os alimentos, o repolho subiu 44,2%; o tomate, 43%; e o feijão fradinho, 42,4%. As carnes em geral registram inflação acumulada de 34,3%, com destaque para músculo (43,4%), patinho (39,1%), picanha (32,9%) e frango em pedaços (21,9%).
O botijão de gás, essencial para a cozinha de milhões de famílias, subiu 29,3% em 12 meses na média nacional. Na região de Recife (PE), a inflação do botijão chega a 41,6%, a maior alta entre as cidades pesquisadas pelo IBGE no país.
A alta dos combustíveis para veículos (41,3%) também pesa no bolso do consumidor. O álcool (etanol) subiu 57,3% e a gasolina, 39,7%.
A energia elétrica residencial acumula alta de 20,1% em 12 meses. O item foi o que mais pesou na inflação de julho.
Com tantos itens ficando mais caros, os brasileiros mais vulneráveis são os mais atingidos. Nos últimos meses de 2020, 19 milhões de brasileiros já passavam fome. O número pode ser ainda maior agora em 2021.
Fonte: UOL