Ministro da Educação diz que universidade no Brasil deveria ser para poucos
O ministro da Educação também criticou parte dos professores da educação básica. Segundo ele, há docentes que agem “com viés político-ideológico” e prejudicam a volta às aulas presenciais, ao pedirem vacinação dos estudantes
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou à TV Brasil que a “universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade”.
O ministro abordou a política de cotas em instituições de ensino superior, alegando que “a crítica que havia no passado, de que só ‘filhinho de papai’ estuda em universidade pública, se descontrói com essa lei”.
“Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos ‘filhinhos de papai’ que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados.”
Ele defendeu que as verdadeiras “vedetes” (protagonistas) do futuro sejam os institutos federais, capazes de formar técnicos.
O ministro também criticou parte dos professores da educação básica. Segundo ele, há docentes que agem “com viés político-ideológico” e prejudicam a volta às aulas presenciais.
“Infelizmente, alguns maus professores (a grande maioria está querendo voltar e se preocupa com as crianças) fomentam a vacinação deles, que foi conseguida; agora [querem a imunização] das crianças; depois, com todo o respeito, para o cachorro, para o gato. Querem vacinação de todo jeito. O assunto é: querem manter escola fechada”, disse.
Também afirmou que precisa contar com a “sociedade civil organizada” para que haja a retomada das atividades.
“Como que o professor é capaz de ficar em casa e deixar as crianças sem aula? A culpa não é do governo federal. Se pudesse, eu teria mandado abrir todas as escolas. Mas não podemos, depende das redes municipais e estaduais.”
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) analisou os protocolos de biossegurança na retomada às aulas presenciais de cinco estados (Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo), considerados representativos na pandemia.
Com base em oito eixos (disponibilização de máscaras, ventilação adequada, imunização, testagem de casos de Covid-19, transporte, ensino remoto, distanciamento social e higiene), os cientistas concluíram que não há garantia de um retorno seguro na pandemia. Em um espectro que vai de 0 a 100, o índice de adequação aos critérios de prevenção variou de 30 a 59.
Fonte: G1
Para Ministro da Educação, alunos com deficiência atrapalham os demais
18/08/2021 @ 17:43
[…] Na semana anterior a essa entrevista, o ministro da educação já tinha dado outra declaração polêmica, na qual afirmava que universidades deveriam ser para poucos. […]