“Superpedido” de impeachment une políticos de esquerda e direita
O “superpedido” tem 46 signatários e unifica argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. Entre esses argumentos, o mais recente aponta prevaricação do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin
Partidos políticos, parlamentares e entidades da sociedade civil protocolaram nesta quarta-feira (30/06), na Câmara dos Deputados, o chamado “superpedido” de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
O “superpedido” tem 46 signatários e unifica argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. Entre esses argumentos, o mais recente aponta prevaricação do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.
O que chamou atenção é que o “superpedido” de impeachment une nomes da esquerda e da direita. Entre os que assinam o pedido estão ex-aliados do presidente, como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
Os partidos subscritores do “superpedido” de impeachment são: PT, PCdoB, PSB, PDT, PSOL, Cidadania, Rede, PCO, UP, PSTU e PCB, estes quatro últimos sem representação no Congresso.
Também há representantes da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do 342 Artes.
O texto foi elaborado por um grupo de juristas e atribui a Bolsonaro 23 crimes de responsabilidade divididos em sete categorias:
- Crimes contra a existência da União;
- Crimes contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;
- Crimes contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
- Crimes contra a segurança interna;
- Crimes contra a probidade na administração;
- Crimes contra a guarda e legal emprego do dinheiro público;
- Crimes contra o cumprimento de decisões judiciárias.
Para que um processo de impeachment seja aberto e passe a tramitar na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, precisa aceitá-lo.
Fonte: G1
Fernando Augusto Tibau Tibau de Vasconcellos Dias
30/06/2021 @ 19:04
Só tem bandido pedindo o impeachment do Presidente. Maus brasileiros que por interesses suspeitos não olham o bem do País, alguns já perderam até a confiabilidade dos eleitores que lhes atribuíram poder.