Violência obstétrica será tema de audiência no Ministério Público de São Paulo
A violência obstétrica será tema de audiência pública no Ministério Público de São Paulo, dia 17 de novembro, às 9h30. A sessão contará com a presença do Deputado Federal Jean Wyllys, autor do Projeto de Lei 7633/2014, que dispõe sobre a humanização da assistência à mulher. Você pode participar acessando http://bit.ly/audienciaviolenciaobstetrica!
Serão abordados temas como a existência de direitos contra a violência obstétrica e os caminhos que as mulheres podem trilhar com a ajuda do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Poder Judiciário para garantir que sejam respeitados os seus direitos sexuais e reprodutivos. O direito de as mulheres se oporem a alguns procedimentos proscritos, mas ainda muito praticados em relação às gestantes, buscando-se atendimento humanizado às gestantes, também será tema de debate, entre outros.
A sessão contará com a presença do Deputado Federal Jean Wyllys, autor do Projeto de Lei 7633/2014, que dispõe sobre a humanização da assistência à mulher e ao neonato durante o ciclo gravídico-puerperal; da Doutora Esther Vilela, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde e da Professora Doutora Carmen Simone Grilo Diniz, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E terá, ainda, o depoimento de sete mulheres vítimas de violência obstétrica.
De acordo com a “Cartilha Violência Obstétrica, você sabe o que é” (http://bit.ly/145mJRA) elaborada pela Defensoria Pública em parceria com a Associação Artemis, a violência obstétrica caracteriza-se pela apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres, por meio do tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, causando a perda da autonomia e capacidade de decidir livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres. A violência obstétrica pode ocorrer na gestação, no parto e em situações de abortamento.
A violência obstétrica praticada na mulher durante e após o parto pode gerar danos à saúde da mãe e do bebê como hemorragias, infecções, ruptura de órgãos, fratura de costela, além de outras complicações.
O evento é aberto para a participação de toda a sociedade civil que tenha interesse em discutir a questão. Ao final, será debatida a aprovação de uma carta que aponte caminhos e propostas.
Os dados do quadro são da pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado” do SESC e da Fundação Perseu Abramo:http://bit.ly/1xHMdNN.
Serviço:
Violência Obstétrica em debate
Quando: 17 de novembro de 2014
Onde: Auditório “Queiroz Filho” – Sede do Ministério Público do Estado de SP -Rua Riachuelo, 115, Centro, Capital
Horário: a partir das 9h30