No Brasil, a mulher e as desigualdades são grandes conhecidas. Apesar de serem 51% da população do país, elas continuam sofrendo com discriminações e violências, intensificadas pela pandemia do coronavírus.
Segundo o IBGE, as mulheres ocupam apenas 37,% dos cargos de liderança no país e, apesar de terem mais anos de estudos, recebem 77,7% do rendimento dos homens. Já um estudo da Universidade de São Paulo, ao fazer um recorte de gênero e raça, mostra que 1% dos homens brancos ricos do país recebem mais do que todas as mulheres negras do Brasil.
Outra pesquisa, realizada pela empresa Ipsos, demonstra que 27% dos homens brasileiros acham que o tratamento dado a homens e mulheres nos locais de trabalho é igual, mas apenas 16% das mulheres concordam com essa ideia. A mesma pesquisa mostra que 51% das brasileiras se dizem feministas atualmente.
Para conversar sobre A mulher e as desigualdades no Brasil, recebemos, no Olhar da Cidadania desta quarta-feira, dia 16 de março, a socióloga Jacqueline Pitanguy.
Jacqueline Pitanguy é socióloga, cientista política e coordenadora da organização da sociedade civil CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação. Como escritora, acaba de lançar, em parceria com Branca Moreira Alves, o livro “Feminismo no Brasil – Memórias de quem fez acontecer”.
O programa também contou com a participação dos colunistas Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, que falou sobre a pesquisa que deu origem a seu livro “Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico”; e Marcos Perez, professor da Faculdade de Direito da USP, que falou sobre as eleições para presidente no Brasil e a influência das redes sociais.
O programa foi apresentado pelo jornalista Joel Scala.
Olhar da Cidadania na Rádio USP
Todas as quartas-feiras, às 17h
Reprise todas as sextas-feiras, às 3h
São Paulo: 93,7 FM
Ribeirão Preto: 107,9 FM
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Foto: Anúncio Step in Inequality (“Pise na Desigualdade”, em inglês) da Miami Ad School.