78% dos brasileiros querem uma lei para regulamentar as redes sociais
Uma pesquisa encomendada pela ONG Avaaz indica que 78% dos brasileiros querem uma lei para regulamentar as redes sociais; 93,7% acreditam que as redes sociais não são seguras para crianças e adolescentes.
Uma pesquisa encomendada pela ONG Avaaz e realizada pela AtlasIntel indica que 78% dos brasileiros querem uma lei para regulamentar as redes sociais. E 93,7% acreditam que as redes sociais não são seguras para crianças e adolescentes.
Para 74% dos entrevistados, a falta de regulação contribuiu para os recentes ataques em escolas em vários estados do país.
Nesta terça-feira (02/05), trinta e cinco mochilas foram colocadas em frente ao Congresso Nacional, em homenagem às crianças mortas em ataques a escolas no Brasil desde 2012. A ação foi organizada pela ONG Avaaz.
O Congresso se prepara para votar o Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020) que prevê, entre seus principais pontos, a obrigatoriedade das plataformas digitais divulgarem relatórios de transparência sobre como estão moderando conteúdos falsos e que reproduzem discurso de ódio e/ou atentado à democracia.
“Essa lei é sobre proteção. Proteção das nossas crianças contra massacres, das nossas famílias contra a polarização, da nossa democracia contra ataques e da nossa saúde contra a desinformação. É por todos os brasileiros que o Congresso precisa aprovar o PL 2630”, disse Laura Moraes, diretora de campanhas da Avaaz.
A maioria dos entrevistados para a pesquisa, independente da religião, são a favor regulamentação das redes sociais. 73,8% dos evangélicos e 78,4% dos católicos concordam com a regulamentação das redes.
Um dado que surpreendeu na pesquisa foi que mais da metade dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que são conhecidos por ser contra a regulamentação, aprovam a lei; 61% dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também quer a regulação.
Foram entrevistadas remotamente 1.600 pessoas entre os dias 15 e 17 de abril. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2.2 pontos percentuais.
Fonte: CNN Brasil