Documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra” adverte para a urgência na defesa da floresta e seus povos
O documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra” adverte para a urgência de articulação de esforços globais em defesa dos povos originários e da preservação dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.
Depois de ser exibido na Embaixada da Bélgica, em Brasília, o documentário “Amazônia, Coração da Mãe Terra” teve sessão de projeção para convidados no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo, na noite de 29 de abril. O filme, que é coproduzido e codirigido pela princesa Esmeralda da Bélgica e pelo diretor Gert-Peter Bruch, dois importantes ativistas pela proteção desse valioso bioma da Humanidade, adverte, por meio de uma narrativa poética e lideranças indígenas como protagonistas, para a urgência de esforços globais em defesa dos povos originários.
Com narrativa poética e protagonismo das mais expressivas lideranças indígenas em atuação no País, “Amazônia, Coração da Mãe Terra” adverte para a urgência de articulação de esforços globais em defesa dos povos originários e da preservação dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.
O líder indígena Raoni Metuktire aparece em vários depoimentos no filme. “Graças à Mãe Terra, às folhagens nos protegem e resfriam o chão. Nós respiramos ar puro e repelimos os incêndios. Não é mais o caso de todas essas regiões onde a floresta já foi arrancada. Restam apenas pequenas ilhas de floresta que eles também querem destruir. Eu não gosto disso. Não gosto nada disso”, adverte e lamenta em um deles.
A solução para conter a devastação é conhecida há décadas, como reitera o diretor de “Amazônia, Coração da Mãe Terra”. “O mapa idealizado há 40 anos está exatamente nas áreas protegidas da Amazônia, o resto sumiu. Se você demarcar a terra, estará protegendo a terra; se não fizer isso, perderá a floresta”, diz Bruch.
Com fotografia exuberante da fauna e flora amazônicas – imagens que dialogam com a impactante trilha sonora composta de música incidental e das chamadas “Canções da Mãe Terra”, a cargo de Clément Garcin e Béatrice Little Bear –, o filme conta com o apoio de um importante parceiro local para sua difusão no Brasil, o Documenta Pantanal, instituição que reúne profissionais de diversas áreas com o desafio de tornar os protetores e as riquezas do Pantanal mais conhecidos do grande público.
Além da princesa e do diretor, marcaram presença no evento Mônica Guimarães, diretora-executiva do Documenta Pantanal (instituição parceira na difusão do documentário no Brasil), o advogado Orlando Villas-Bôas Filho e Marina Villas-Bôas, filho e viúva do sertanista Orlando Villas-Bôas, a escritora Michelli Provensi, o crítico de arte Miguel Arcanjo Prado, o fotógrafo João Farkas, o empresário Guilherme Padilha, a produtora cultural Cistina Barros e o cineasta Jorge Bodanzky, entre outros.
O Documenta Pantanal é uma iniciativa que reúne profissionais de áreas diversas em torno da urgência de tornar as fragilidades e as riquezas do Pantanal Mato-grossense mais conhecidas do público. Trabalhando por um Pantanal vivo, produtivo e exuberante, cria, provoca e apoia ações e conexões para mapear a cultura da região, apontar soluções de preservação e gerar recursos de proteção.