84,9 milhões de brasileiros não têm comida razoável e suficiente
Isso significa que mais de um terço dos domicílios brasileiros não tem comida com qualidade adequada e em quantidade suficiente para seus moradores viverem com saúde. Dados são do IBGE e se referem a moradores de domicílios permanentes, excluindo grupos como pessoas em situação de rua
Além da pandemia de Covid-19, o Brasil enfrenta outro perigo também mortal: a fome.
A fome é uma das mais cruéis situações que o ser humano pode passar, e faz parte da vida de 10,3 milhões de brasileiros.
Dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% têm algum grau de insegurança alimentar, atingindo 84,9 milhões de pessoas. Esses milhões de brasileiros não têm comida adequada (razoável em qualidade) e suficiente para um ser humano viver com saúde.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi feito entre junho de 2017 e julho de 2018 e apontou piora na alimentação das famílias brasileiras.
Entram na conta somente os moradores em domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que aumenta ainda mais o rastro da fome pelo país.
O levantamento mostrou que o Brasil atingiu o menor patamar de pessoas com alimentação plena e regular da série histórica do IBGE: apenas 63,3% dos brasileiros têm alimentação adequada e suficiente. Enquanto isso, a insegurança alimentar leve atingiu seu ponto mais elevado.
E as crianças estão entre os brasileiros mais afetados. Pelo menos metade das crianças com até cinco anos vivia em lares com algum grau de insegurança alimentar. São 6,5 milhões de crianças vivendo sob essas condições.
Em 2017 e 2018, 5,1% das crianças com menos de 5 anos e 7,3% das pessoas com idade entre 5 e 17 anos viviam em domicílios com insegurança alimentar grave.
Fonte: IBGE