Artplan e AfroReggae lançam projeto colaborativo Dicionário de Gêneros
Plataforma passa a funcionar como espaço para a inclusão de termos de gêneros existentes ou não oficialmente na nossa língua
O AfroReggae e a agência Artplan estão abrindo diálogo para um assunto muito importante, mas ainda com pouca força na nossa sociedade: a identidade de gênero. Num formato colaborativo, o ‘Dicionário de Gêneros’ propõe a livre manifestação das pessoas. O objetivo é reunir todas essas interpretações e, a partir delas, criar novos verbetes que representem a diversidade também na língua portuguesa.
Com o conceito ‘Só Quem Sente Pode Definir’, o endereço http://dicionariodegeneros.com.br conta com espaço didático que explica a diferença entre ‘orientação sexual’, ‘sexo’ ou ‘identidade de gênero’; permite que qualquer pessoa crie a definição sobre o gênero com que se identifica, e compartilhe com os amigos via redes sociais. Todos os textos também se atentam para a utilização da letra “e” como marcador de gênero das palavras, para ‘combater’ a binariedade da língua portuguesa, que reconhece apenas o masculino e o feminino, e estimula a utilização da #SomosTodosGente para identificar as ações de inclusão sobre o tema.
A iniciativa está inserida dentro de uma sequência maior de ações do AfroReggae chamada Além do Arco-Irís. Para Laura Mendes, agente de projetos do Além do Arco-Íris, ”O dicionário ajuda a combater a falta de conhecimento das pessoas. A sociedade, principalmente aqui no Brasil, ainda tem muito preconceito com quem é diferente. Quando conceituamos algo errado estamos abrindo as portas para isso”.
“O mundo já começou a se questionar sobre a binariedade de gêneros. O próprio Facebook já permite que o usuário crie sua própria identidade. Muitas iniciativas ainda precisam ser tomadas para começar a mudar esse cenário. O Dicionário de Gêneros é apenas mais um passo para trazer essa discussão à tona. Por isso, a importância da construção desses verbetes serem feitos pelas pessoas: só elas podem definir como realmente se sentem. Quem sabe, com todo esse movimento, podemos começar a escrever um futuro onde ninguém mais precisará de definição para ser entendido, respeitado”, acrescenta Bárbara Bono, Head de Conteúdo e Engajamento da Artplan.