Até 2035, metade da população mundial será classificada com obesidade ou sobrepeso
Relatório aponta que 1 em cada 4 pessoas da população mundial estará obesa nos próximos 12 anos; o número representa mais de 1,5 bilhão de adultos e quase 400 milhões de crianças
Por Suevelin dos Santos
Segundo o atlas 2023 da Federação Mundial da Obesidade apresentado à Organização das Nações Unidas (ONU) no início de março, se as tendências atuais prevalecerem, 51% da população mundial (mais de 4 bilhões de pessoas) estarão obesas ou terão sobrepeso nos próximos 12 anos.
O relatório destaca que, de forma particular, as taxas de obesidade entre crianças estão aumentando de forma acelerada, podendo mais que dobrar entre a população infantil (em relação aos níveis de 2020). Destacou-se também que, dos 10 países com os maiores aumentos esperados na obesidade globalmente, 9 deles são de países de renda baixa ou média-baixa.
O relatório apresentado prevê que o custo da obesidade chegará a mais de US$ 4 trilhões anualmente até 2035, caso as medidas de prevenção e tratamento não melhorarem. Com quase 3% do PIB global, isso é comparável ao impacto do COVID-19 em 2020, aponta o relatório.
“O impacto econômico da obesidade não é culpa dos indivíduos que vivem com a doença. É o resultado de falhas de alto nível em fornecer os sistemas ambientais, de saúde, alimentação e suporte de que todos precisamos para viver uma vida feliz e saudável. Abordar essas questões será valioso de muitas maneiras, para bilhões de pessoas”, afirma a CEO da Federação Mundial de Obesidade, Johanna Ralston.
Obeso é um termo médico usado para descrever uma pessoa com um alto excesso de gordura corporal. O relatório usa o índice de massa corporal (IMC) para fazer suas avaliações, dividindo o peso de um adulto pelo quadrado de sua altura.
Atuação do Terceiro Setor
No Brasil, o Instituto Melhores Dias realiza estratégias e intervenções para mudar hábitos das comunidades, aumentar o conhecimento sobre comportamentos mais saudáveis, conscientizar sobre qualidade de vida, sustentabilidade e prevenção de doenças. Alguns de seus programas, como o Horta Brasil, Crescer Saudável e Sementes da Alegria contribuem para o combate à obesidade.
“Trabalhamos diretamente com a população, monitorando o estado nutricional, educando e buscando em conjunto com as comunidades possibilidades para melhorar a qualidade de vida. Sabemos que a epidemia de obesidade é multifatorial, porém a informação, a educação em saúde é fundamental para que cada um busque as alternativas disponíveis e consiga a reversão do quadro”.
Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Instituto contribui para alcançar os ODS da 02, 03, 04 e 10 da Agenda 2030, que dizem respeito à fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem estar; educação de qualidade e redução das desigualdades.