Brasileiras vencem premiação internacional de conservação ambiental
Cientistas do Instituto IPÊ venceram em categorias distintas do “Oscar Verde” com seus trabalhos para a conservação da biodiversidade no país
Por: Mariana Lima
Na última semana de abril, o Whitley Award, considerado o “Oscar Verde”, divulgou a lista dos vencedores de um dos prêmios mais prestigiados no que se refere à conservação no mundo. Organizado pela Whitley Fund for Nature (WFN), organização do Reino Unido, a premiação reconheceu duas brasileiras, em diferentes categorias, por seu trabalho científico para a conservação da biodiversidade no país.
A bióloga Gabriela Rezende foi a ganhadora do Whitley Award, prêmio que também foi oferecido a mais cinco conservacionistas de outros países. A segunda brasileira premiada foi a pesquisadora Patrícia Medici, na principal categoria da premiação, o Gold Award.
Ambas são cientistas do Instituto IPÊ. Gabriela atua há quase uma década no Programa de Conservação do Mico-Leão-Preto dentro do IPÊ. Já Patrícia coordena a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), além de ser cofundadora do instituto.
A premiação ocorre anualmente em Londres, sendo os prêmios entregues pelas mãos da Princesa Real, Princess Anne. No entanto, devido à pandemia de Covid-19, a premiação de 2020 foi adiada. Apesar do cenário, os vencedores receberão reconhecimento por seus feitos na área de conservação de espécies pelo mundo e recursos financeiros que deverão ser aplicados na continuidade de seus projetos de estudo.
O programa do qual Gabriela faz parte possibilitou o desenvolvimento do maior corredor reflorestado do Brasil, com mais de 2,7 milhões de árvores replantadas, conectando o Parque Estadual Morro do Diabo e a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, fundamental para a proteção destes animais na região. Com o financiamento do prêmio, Gabriela pretende replantar mais corredores.
Patrícia pretende utilizar o prêmio para fortalecer o trabalho do INCAB pelo país. Ela iniciou sua pesquisa na Mata Atlântica em 1996 e, com o auxilio do fundo do Whitley Fund for Nature, que vem apoiando seu trabalho nos últimos 12 anos, conseguiu ampliar seu trabalho para o Pantanal em 2008 e para o Cerrado em 2015.
Fontes: Unesp | Ciclo Vivo
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