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  1. Josilene Rocha
    12/06/2015 @ 16:35

    Carta de esclarecimento do grupo Opportunity

    Na última terça-feira (9), o Observatório publicou esta matéria com o desembargador federal Fausto De Sanctis, na qual a Operação Satiagraha e o nome do banqueiro Daniel Dantas foram citados. Após a divulgação, a assessoria do grupo Opportunity enviou à redação uma carta para possíveis esclarecimentos, que publicamos na íntegra abaixo:

    “São Paulo, 10 de junho de 2015

    Para: Josilene Rocha – repórter
    Ana Paula Roger – editora
    Redação

    Prezados senhores,

    Daniel Dantas e a Satiagraha são citados em reportagem sobre o desembargador Fausto de Sanctis, publicada em 10/6.
    Por isso, é preciso esclarecer que:

    As ilegalidades na operação Satiagraha ocorreram antes mesmo de sua deflagração. No início das investigações por duas vezes, em setembro e em dezembro de 2007, o Ministério Público Federal pediu a descontinuidade da investigação, ‘já que dos autos não consta nada de concreto que sequer surgira a prática de crime por quem quer que seja’.

    A Satiagraha foi desviada para São Paulo para cair na 6ª Vara de Justiça, à época sob o comando do juiz De Sanctis.

    Daniel Dantas não conhecia o prefeito Celso Pitta (1949-2009) e o investidor Naji Nahas era um dos consultores da Telecom Itália, empresa que disputava com o Opportunity o controle da Brasil Telecom. A casa de Daniel Dantas e o escritório do Opportunity ficam no Rio. Após a deflagração da operação, em 8 de julho de 2008, os inquéritos dos três foram separados porque não tinham relação entre as partes.
    Em 7 junho de 2011, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou parecer do MPF e anulou a ação penal, originada pela Operação Satiagraha, em razão de suas ilegalidades.

    No mesmo dia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por unanimidade, reconheceu que o juiz Fausto de Sanctis descumpriu intencionalmente as ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), quando determinou a prisão de Daniel Dantas na operação Satiagraha. Não foi punido porque a Lei Orgânica da Magistratura permite a aplicação de censura ou advertência apenas a juízes de primeira instância e Fausto de Sanctis foi promovido para cargo de desembargador do TRF-3 no final de 2010.

    Em 21 de outubro de 2014, Protógenes Queiroz, comandante da operação, foi condenado por violação de sigilo funcional na forma qualificada (art. 325, par. 2º do Código Penal) pelo Supremo Tribunal Federal em votação unânime (3 votos a 0), em razão da Satiagraha. Os ministros fixaram a pena em 2 anos e 6 meses, substituída por prestação de serviços.

    O acesso a depoimentos e documentos — que não estão sob segredo de Justiça — não deixam margem a dúvidas: a operação Satiagraha, continuação da Chacal, foi feita para atender a interesses privados.

    As ilegalidades verificadas não são fruto do acaso mas produto de mobilização indevida do aparato estatal acionado por concorrentes do Opportunity e que contou com o apoio de setores da imprensa.

    Atenciosamente,
    Elisabel Benozatti
    Assessoria de Comunicação do Opportunity”

  2. Conferência Ethos 360º discutirá o papel das empresas no combate à corrupção
    31/08/2015 @ 10:12

    […] à corrupção”. Participarão da abertura o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF), Fausto De Sanctis, o jurista alemão Andreas Pohlmann, a presidente do Conselho Deliberativo do Instituto […]