Desigualdade econômica entre homens e mulheres cresce no Brasil
No atual ritmo, país demorará 217 anos para alcançar a igualdade de gênero
Por: Isabela Alves
O Fórum Econômico Mundial acaba de divulgar a edição deste ano do Relatório de Desigualdade Global de Gênero, e os números não são nada animadores. Após uma década de avanços na questão da igualdade de gênero, o mundo apresentou um aumento das disparidades econômicas e políticas entre homens e mulheres. E o Brasil foi um dos países a seguirem essa tendência, caindo 11 posições no ranking e ficando em 90º lugar entre 144 países quando o assunto é a igualdade de gênero.
Também de acordo com o relatório, no ritmo atual, o Brasil demorará 217 anos para alcançar a igualdade econômica entre homens e mulheres.
Os dez países com melhor colocação na lista foram: Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia, Ruanda, Irlanda, Filipinas, Eslovênia, Nova Zelândia e Nicarágua.
A representatividade feminina no poder público brasileiro ainda é uma exceção. De acordo com dados do Conselho Federal de Justiça, apenas 29% dos cargos de magistrados existentes na Justiça Federal são ocupados por mulheres. No legislativo, dos 513 deputados eleitos em 2014, apenas 51 eram mulheres, ou seja, a proporção é de uma mulher para cada dez deputados homens.