Garota desaparecida do Vaticano vira série e destaca mistério até hoje não resolvido
Em nova série intitulada “A garota desaparecida do Vaticano”, a Netflix aborda o misterioso caso de Emanuela Orlandi, uma garota de 15 anos, filha de um funcionário do Vaticano, que em 22 de junho de 1983 desapareceu em Roma.
Em nova série intitulada “A garota desaparecida do Vaticano”, a Netflix aborda o misterioso caso de Emanuela Orlandi, uma garota de 15 anos que em 22 de junho de 1983 desapareceu em Roma.
A minissérie conta a história do enigmático caso que acarretou diversas teorias obscuras sobre o desaparecimento de Emanuela que hoje teria 53 anos. Ela era filha de um funcionário da cidade-Estado do Vaticano, voltava para casa depois de sua aula de flauta. No entanto, depois de vista pela última vez em um ponto de ônibus no Centro de Roma, a família nunca mais a encontrou.
O caso assombra os italianos há décadas e os familiares da garota precisaram lidar com diversos rumores e pistas sobre o caso: “Muitas pessoas me disseram: esqueça, aproveite a sua vida e não pense mais nisso, mas é minha irmã”, disse seu irmão mais velho, Pietro, em 2019.
Pietro se recusa a acreditar na suposição da morte de sua irmã. “Éramos muito próximos. A gente amava música. Ela estava tentando me ensinar uma peça de Chopin. A gente só tinha visto duas páginas quando ela desapareceu. Espero que um dia ela volte para me ensinar o resto.”
Entre as principais especulações estavam as de que a adolescente teria sido sequestrada e assassinada por terroristas. No entanto, pelo cargo de seu pai, a principal suposição era a de que o desaparecimento de Emanuela estaria ligado ao Vaticano.
Diante do caso, a família resolveu pedir ajuda diretamente ao Vaticano, mas isso não foi fácil. Pietro conheceu o Papa em 2013, mas também não obteve respostas.
“Para eles, o caso estava encerrado”, diz Pietro. “Com o papa Francisco, o muro ficou mais alto. Eu o conheci poucos dias depois de ele ser eleito e ele me disse: ‘Emanuela está no céu'”.
“Eu pensei: ‘Bem, o papa Francisco sabe de alguma coisa’. Então eu preenchi todos os tipos de pedidos para encontrá-lo novamente, para obter uma explicação. Mas ele nunca mais quis me ver novamente.”
Anos após o ocorrido, em 2019, a família da menina recebeu uma carta anônima, na qual, havia uma foto de um anjo sobre a lápide dedicada à princesa Sofia no cemitério Teutônico do Vaticano, com os seguintes escritos: “Busquem onde indica o anjo”.
A família precisou fazer uma petição para a abertura do túmulo no cemitério Teutônico, que foi aceita pelo tribunal estatal da Cidade do Vaticano. A área fica localizada onde ficava o circo nos tempos do imperador Nero, escondida atrás dos altos muros à sombra da Basílica de São Pedro.
As sepulturas dos túmulos eram de duas nobres alemãs, princesa Sofia von Hohenlohe e princesa Carlota Federica, de Mecklenburg, que morreram em 1836 e 1840, respectivamente.
Após a busca, descobriu-se que os túmulos, na realidade, estavam vazios. O episódio surpreendeu também a polícia, já que, nos túmulos, não estavam nem mesmo os restos mortais das mulheres supostamente enterradas ali. E agora a polícia italiana tem mais esse mistério para resolver.
Fonte: Aventuras na História/UOL