Médica faz nebulização com cloroquina e 3 pacientes morrem

A nebulização com hidroxicloroquina acabou em conflito entre a direção de um hospital no Rio Grande do Sul e uma médica do pronto-socorro da unidade, que decidiu iniciar por conta própria o tratamento experimental e acabou demitida

Três pacientes que foram submetidos a um tratamento experimental de nebulização com hidroxicloroquina diluída em soro fisiológico tiveram suas mortes confirmadas pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, no Rio Grande do Sul.

A nebulização com hidroxicloroquina acabou em conflito entre a direção de um hospital no Rio Grande do Sul e uma médica do pronto-socorro da unidade, que decidiu iniciar por conta própria o tratamento experimental e acabou demitida.

A médica Eliane Scherer fez o tratamento com nebulização em ao menos seis pacientes do Hospital Nossa Senhora Aparecida. Eliane mencionou a evolução do quadro de saúde de dois pacientes após efetuar as nebulizações com hidroxicloroquina.

Diante da afirmação de Eliane, a direção do hospital comunicou que outros três pacientes submetidos à nebulização de hidroxicloroquina diluída em soro morreram nos últimos dias.

Os casos aconteceram com pacientes de Covid-19 evoluindo de quadros clínicos graves e estáveis para o falecimento após o início dos tratamentos ministrados pela médica Eliane Scherer.

Antes de iniciar o primeiro procedimento, ela foi alertada por um colega que se tratava de uma medicação com o uso vetado naquela unidade. Por conta própria, ela comprou o medicamento em uma farmácia e, mesmo sem autorização, nebulizou o paciente.

A história ganhou repercussão nacional no último domingo (21/03) após o presidente Jair Bolsonaro ligar para a principal rádio do município e prestar solidariedade à médica Eliane Scherer.

Fontes: Época e Istoé