Nas eleições, pessoas com deficiência são apenas 1% dos candidatos
Somente um partido, o PSOL, tem mais de 2% de candidatos que declaram deficiência. Mulheres também são minoria neste grupo
Por: Mariana Lima
De acordo com um levantamento da Agência Publica, com base em informações envidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 6.584 candidatos afirmaram ter alguma deficiência ao se registrarem para as eleições de 2020 – o equivalente a 1,2% do total de candidatos que estão concorrendo.
No total, 6.096 estão concorrendo como vereadores; 249 como prefeitos; e 239 como vice-prefeitos. Os homens são maioria também nesta segmentação. Enquanto eles somam 4.911 (74,6%), elas são 1.673 (25,4%).
A maior parte dos candidatos declaram ter algum tipo de deficiência física (3.117). Apenas 19 candidatos declaram ter algum grau de autismo.
De acordo com TSE, esta é a primeira vez que as eleições brasileiras incluíram a autodeclaração de deficiência no registro de pedidos de candidaturas.
O preenchimento, contudo, é opcional, assim como ocorrer com as informações de raça/cor.
A maior quantidade de candidatos PcD (Pessoas com Deficiência) em relação ao total de candidatos são o Psol (2,03%), Rede (1,88%) e PMN (1,75%).
Os partidos que registram menos candidaturas são o PDT (0,99%), DC (0,9%) e Novo (0,08%). Já os partidos PCO e PCB não registram nenhum nome.
Em 2018, apenas dois candidatos com deficiência foram eleitos: o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), deficiente visual, e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), tetraplégica.
Ainda, de acordo com os dados do TSE, em 2020, dos 148 milhões de eleitores brasileiros, 1,1 milhão declarou possuir alguma deficiência.
Fonte: Agência Pública