Número de voluntários no Brasil é 5 vezes a população inteira de Portugal
No Dia Nacional do Voluntariado, o Observatório conta sobre a atuação inspiradora da ativista e voluntária Swany Zenobini que já trabalhou em campos de refugiados na Alemanha e, em 2022, deu apoio aos refugiados afegãos que desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos fugindo do Talebã
Hoje, dia 28/08, comemora-se o dia do Voluntariado no Brasil. Segundo a última pesquisa divulgada sobre o número de voluntários no país, o Brasil tinha 57 milhões de voluntários em 2021. Isso corresponde a 5 vezes a população inteira de Portugal, que registrava esse ano 10.467.366 de pessoas.
Isso mostra que milhões de brasileiros dedicaram uma parte do seu tempo para ajudar de alguma forma. Sendo no resgate de animais e cuidado, pessoas em situação de vulnerabilidade, limpando praias e rios, entre tantas atividades.
A Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 mostrou que, em média, cada voluntário dedicou 18 horas por mês para ajudar.
O tempo médio mensal dedicado à atividade voluntária em 2021 equivale, por pessoa, a 12 partidas de futebol. Entre todos os voluntários foram 12 bilhões de horas por ano.
A última pesquisa mostrou também que a crise econômica e pandemia influenciou nos públicos beneficiados pela ação voluntária.
O destaque foi pelo forte crescimento em 2021 de: famílias e comunidade (+23%) e pessoas em situação de rua (+20%). Solidariedade foi a palavra que descreveu a motivação dos voluntários na última pesquisa.
A ativista e voluntária Swany Zenobini é uma desses milhões de voluntários, ela está há 11 anos no voluntariado e já trabalhou na Alemanha em campos de refugiados das cidades Lobau e Zittau.
Swany no ano passado ajudou com recursos do próprio bolso e até levando algumas pessoas para sua casa, refugiados afegãos que fugindo do Talibã desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, mas não tinham pra onde ir e dormiam no chão do aeroporto.
Segundo a própria prefeitura de Guarulhos, mais de 116 afegãos permaneceram no aeroporto aguardando acolhimento, incluindo mulheres e crianças. As mulheres são as principais vítimas do regime, elas foram proibidas de estudar, trabalhar e recentemente foram proibido de ir aos salões de beleza em seu país de origem.
Swany não mediu esforços e procurou autoridades, fez campanha nas redes sociais até não ter mais nenhum refugiado vivendo no aeroporto.
“A indignação de ver eles chegando ao Brasil e serem expostos a condições tão precárias e perigosas foi o que mais me motivou”, diz a ativista.
Swany antes de ajudar os refugiados levava marmitas às pessoas em situação de rua em São Paulo e também era voluntária no sertão do Piauí. “É minha forma de retribuir tanta coisa boa que Deus faz e fez por mim”, relata Swany.
A ativista diz que o retorno pelo seu trabalho voluntário é uma das melhores gratificações. “Um dos melhores retornos é poder me conectar com pessoas maravilhosas que eu não teria a chance de conhecer se não fosse pelo voluntariado. Sejam pessoas que ajudei como outros voluntários que também se sensibilizaram pela causa”.
Para conhecer melhor o trabalho da ativista e voluntária Swany Zenobini, acesse o seu Instagram: @swanyzenobini