OMS alerta: ajuda que chega a Gaza é “pouca e tardia”
A assistência enviada para ajudar os civis afetados pelo conflito em Gaza é “pouquíssima” e chega “muito tarde”, especialmente no norte. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 23.084 pessoas foram mortas no enclave, das quais 70% são mulheres e crianças. Quase 59 mil pessoas ficaram feridas, o que representa aproximadamente 2,7% da população de Gaza.
A assistência enviada para ajudar os civis afetados pelo conflito em Gaza é “pouquíssima” e chega “muito tarde”, especialmente no norte. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo representante da Organização Mundial da Saúde para o Território Palestino Ocupado, Richard Peeperkorn.
Ele afirmou que mesmo que não haja um cessar-fogo, é esperado que os corredores humanitários funcionem de uma forma muito mais estável do que o que acontece atualmente.
O coordenador das Equipes Médicas de Emergência da OMS, Sean Casey, destacou que a assistência humanitária, e particularmente a alimentar, é extremamente necessária em toda a Faixa de Gaza.
Falando de Rafah, no sul do enclave, ele disse que “a situação alimentar no norte é absolutamente horrível, quase não há alimentos disponíveis”.
Conforme relatado por Casey, as pessoas suplicam às equipes da OMS por comida. Embora haja suporte para suprimentos médicos, o especialista observa um constante apelo para que as equipes providenciem alimentos durante suas missões.
Expressando preocupação com a intensificação da violência no sul, Peeperkorn, explicou que a movimentação de pessoal e suprimentos “com segurança e rapidez” foi comprometida.
Ele ressaltou que outra necessidade urgente, além de levar mais suprimentos essenciais para Gaza, é facilitar circulação de ajuda humanitária e de profissionais do setor dentro do enclave, para que seja possível “chegar às pessoas onde quer que estejam”.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 23.084 pessoas foram mortas no enclave, das quais 70% são mulheres e crianças. Quase 59 mil pessoas ficaram feridas, o que representa aproximadamente 2,7% da população de Gaza.
O representante da OMS enfatizou que a ONU e os seus parceiros seguem “completamente prontos” para prestar assistência aos habitantes de Gaza, que sofrem com bombardeios massivos por parte dos militares israelenses, em resposta aos ataques terroristas liderados pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.
Porém, os combates e as ordens de evacuação nas áreas centrais de Gaza e ao sul, em Khan Younis, afetaram o acesso a hospitais para pacientes e ambulâncias.
Peeperkorn adicionou ainda que se tornou “incrivelmente complexo” para a OMS chegar a instalações de saúde com suprimentos médicos e combustível.
Fonte: ONU News