Pinguins achados mortos no Brasil ingeriram isopor e plásticos
O lixo jogado no mar por humanos e a escassez de alimentos estão sendo fatais para os animais. Em apenas quatro cidades do litoral de São Paulo, o Instituto Gremar encontrou 402 pinguins entre junho e agosto deste ano, dos quais 280 estavam mortos e 122 foram resgatados para reabilitação
Pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) foram recolhidos sem vida pelo Instituto Gremar entre 20 de junho e 13 de agosto, nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga, no litoral de São Paulo.
As necropsias realizadas nos animais apontaram presença de lixo incomum no trato gastrointestinal dos pinguins.
Foram encontrados itens como isopor, plástico, pedaços de cordas, borracha e petrechos de pesca (linhas e anzóis) em, pelo menos, 17 animais, durante a realização de exames no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, em Guarujá.
Estudos preliminares apontam que o motivo mais provável para a ingestão desses resíduos é a escassez de alimentos, o que acaba forçando os pinguins a procurarem outras fontes de alimentação. Porém, o descarte inadequado de materiais no mar também é um fator fatal para os animais.
O descarte inadequado do lixo no Brasil está tendo efeitos devastadores. Um estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) encontrou pedaços de plástico dentro do corpo de 98% dos peixes coletados em nascentes e riachos da Amazônia.
O Instituto Gremar realizou o resgate de 402 pinguins entre 20 de junho e 13 de agosto nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga. Destes, 122 foram encontrados com vida e 280 foram achados mortos. Alguns vieram a óbito durante o processo de reabilitação.
Fonte: G1