RJ: engenheira cria pia itinerante para pessoas que vivem nas ruas
Projeto batizado de ‘Pias do Bem’ já foi instalado em diversas regiões do Rio e o abastecimento pode ser realizado pela própria população do entorno
Por: Mariana Lima
Visando colaborar com o combate à Covid-19, a engenheira Ana Paula Rios desenvolveu o projeto ‘Pias do Bem’, para instalar pias itinerantes, criadas por ela, em diversos pontos do Rio de Janeiro.
Com o auxílio de voluntários e parceiros, Ana criou o projeto para ajudar pessoas em situação de rua e trabalhadores que não conseguem higienizar as mãos com frequência.
Se for abastecida em média duas vezes por dia, a pia pode gerar 4,5 mil lavagens de mãos por mês a um custo mensal de seis centavos por lavagem. A iniciativa da engenheira chamou a atenção do jogador de futebol Marcelo Vieira da Silva Júnior, do Real Madrid, que decidiu custear a produção de outras cem unidades.
A pia é construída utilizando madeirite, baldes e canos PVC. Existem dois módulos na estrutura, em que ficam um balde com água limpa e outro que armazena a água que já foi utilizada.
Sabonete e toalhas de papel que acompanham a pia foram doados para a iniciativa. Até agora, 81 pias foram instaladas pela cidade do Rio de Janeiro, enquanto outras 19 estão aguardando a liberação para distribuição.
Além disso, alguma pias foram doadas para projetos que já atendem a população de rua e que podem transportar a estrutura pelas regiões em que atuam.
As pias podem ser mantidas pela população. Qualquer pessoa pode levar água para reabastecer o balde, enquanto um arame simples segura o sabão e as toalhas de papel, facilitando a reposição.
Essa não é a primeira ação de Ana Paula voltada para pessoas em situação de rua. Ela é a idealizadora de outros dois projetos sociais: o Banho da Alegria, que leva um chuveiro itinerante para a população de rua há 3 anos; e o projeto Da Rua para Você, que há 1 ano e meio realiza cursos de capacitação para pessoas que vivem nas ruas.
Ambos os projetos estão parados no momento, devido à falta de voluntários e ao avanço da pandemia de Covid-19.
Fonte: O GLOBO