Rostos de 2 mil anos são expostos pela seca do rio Amazonas
A seca que tem tomado conta da Amazônia, levando à morte de animais, fome e falta de água, também tem revelado gravuras rupestres milenares. Rostos humanos esculpidos em pedra há cerca de 2.000 anos apareceram em um afloramento rochoso ao longo do rio Amazonas desde que os níveis da água caíram para níveis recordes; é a pior seca da região em mais de um século.
A seca que está tomando conta da Amazônia, levando à morte de animais, fome e falta de água, também tem revelado gravuras rupestres milenares. Rostos humanos esculpidos em pedra há cerca de 2.000 anos apareceram em um afloramento rochoso ao longo do rio Amazonas desde que os níveis da água caíram para níveis recordes; é a pior seca da região em mais de um século.
Algumas gravuras rupestres já foram avistadas antes, mas agora há uma variedade maior que ajudará os pesquisadores a estabelecer suas origens, disse o arqueólogo Jaime de Santana Oliveira na segunda-feira (23/10).
Uma área mostra sulcos suaves na rocha que se acredita serem o local onde os habitantes indígenas afiavam suas flechas e lanças muito antes da chegada dos europeus.
O ponto rochoso é chamado de Ponto das Lajes, na costa norte do Amazonas, próximo à confluência dos rios Rio Negro e Solimões.
Outro bloco rochoso destas gravuras ainda está debaixo d’água, mas deve aparecer nos próximos dias, caso o rio Negro continue baixando. Em 2010, as que estão localizadas mais abaixo foram avistadas em apenas um dia e logo depois, quando o rio começou a subir, voltaram a ficar submersas. Além das gravuras que reproduzem rostos humanos, também são encontrados, na parte de cima do pedral, imagens de animais e representações das águas, além de cortes nas rochas que mostram resultados de oficinas líticas – significando que as ferramentas para as gravuras eram confeccionadas ali mesmo.
Diferente do sítio Caretas, as gravuras do sítio das Lajes estão em paredes extensas e debaixo da água, o que torna seus estudos complexos, mas ao mesmo tempo lhes dão uma mística enigmática. Não se pode afirmar nem mesmo como as gravuras foram feitas ou se foi em uma época de grande seca ou se o rio, há mais de mil anos, tinha um nível mais baixo do que atualmente.
Fontes: Amazônia Real e CNN Brasil