Santo Caos realiza estudo sobre o perfil do voluntário brasileiro
Cerca de 30% dos voluntários iniciaram as atividades de forma independente e 11% a partir de projetos empresariais
Promover ações de voluntariado corporativo traz benefícios para empresas e funcionários, de acordo com o estudo Além do Bem, desenvolvido pela consultoria de engajamento Santo Caos, em colaboração com Bank of America Merrill Lynch, ONU Voluntários, Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE) e a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil).
A Santo Caos concluiu que dos indivíduos envolvidos em trabalhos voluntários, 33% chegaram à atividade de forma independente e 32% por meio de instituições religiosas. As empresas, por sua vez, são responsáveis por colaborar com 11% dos voluntários, sendo que 1/3 foi introduzido no trabalho voluntário pelos projetos empresariais.
Um dos achados do estudo Além do Bem foi a identificação de cinco diferentes perfis de voluntários, baseados nos comportamentos dessas pessoas durante suas atividades. Apesar de todos terem a motivação de fazer o bem, é interessante separar os perfis para entender as motivações de cada um deles.
- Voluntário selfie: tem como gatilho de engajamento fazer parte de um grupo ou ser reconhecido. Faz atividades voluntárias uma ou duas vezes ao mês por meio de projetos corporativos ou organizações não-governamentais;
- Voluntário missionário: é o mais engajado de todos e costuma ser ligado a projetos de igrejas ou atuar independentemente. Tem como principal benefício a satisfação pessoal;
- Voluntário tradição: é o que participa tradicionalmente em datas especiais, como Natal ou Dia das Crianças. Não costuma se engajar mais por falta de motivação;
- Voluntário Discovery: gosta de conhecer novas realidades por meio da atividade voluntária. É voluntário em ONGs, grupos e na empresa em períodos semestrais ou trimestrais. Para esse perfil, o projeto de voluntariado corporativo de uma empresa é incentivo para candidatura de emprego;
- Voluntário ganha-ganha: participa de atividades uma vez ao mês, na empresa, em ONGs e grupos. Vê como principal benefício do trabalho voluntário o aprendizado e sente-se grato em poder participar.
O pequeno número de brasileiros que atua como voluntário vê motivações diversas para sua atuação, como sentir-se bem, conhecer novas realidades, desenvolver-se e fazer parte de um grupo. É interessante notar, no entanto, que 34% dos entrevistados acredita que as motivações de um voluntário geral e um voluntário corporativo são diferentes, embora não consigam explicar qual é.
Dentro desse contexto, são interessantes os dados sobre a imagem do voluntariado para a opinião pública. A maioria dos voluntários (65%) acredita que são bem-vistos pelos colegas de trabalho, enquanto um em cada três não-voluntários pensa diferente e não acredita que voluntários têm boa imagem.
Na avaliação da Santo Caos, para a companhia o maior benefício é o aumento do engajamento dos funcionários. Do lado do colaborador, o voluntário corporativo sente que tem mais voz ativa. “Verificamos que os impactos positivos para a empresa são indiscutíveis. O voluntariado faz com que o funcionário conheça melhor as pessoas com quem trabalha, entenda os valores da empresa e melhore sua produtividade. Isso quer dizer que ele impacta todas as conexões que compõem o engajamento do funcionário”, destaca Jean Soldatelli, sócio-diretor da Santo Caos.
Para saber mais, acesse: http://www.santocaos.com.br/