Só metade das UTIs dos hospitais de campanha do RJ tem respirador
Administração dos hospitais de campanha se baseou em uma resolução da Anvisa de 10 anos atrás que prevê um respirador para cada dois leitos de UTI
Por: Júlia Pereira
Dos 520 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais de campanha do Rio de Janeiro, apenas metade vai contar com respiradores.
As unidades sob responsabilidade do Governo do Estado estão no Maracanã, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos e Casimiro de Abreu.
Os seis hospitais de campanha são geridos pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS), Organização Social de Saúde (OSS), e custaram R$ 770 milhões.
Segundo o IABAS, a conta dos respiradores foi baseada em uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A regra estabelece um respirador para cada dois leitos de UTI e uma reserva operacional de um aparelho para cada cinco leitos.
A resolução, no entanto, foi publicada há 10 anos e não foi atualizada para o cenário de pandemia.
Atrasos nas obras
Outro problema é o atraso na entrega das unidades de São Gonçalo e de Nova Iguaçu.
Em São Gonçalo, que deveria ter sido inaugurado no último dia 17, estão previstos 200 leitos, sendo 40 de UTI.
De acordo com o IABAS, o atraso foi causado por problemas como “a precariedade no acesso, chuvas que atingiram a região, tiroteios e mudança nos planos técnicos” da Secretaria Estadual de Saúde.
O novo secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Fernando Ferry, deu 48 horas para que a organização entregue um plano completo para a entrega das unidades e dos equipamentos de saúde prometidos.
Fonte: G1