SP: número de crianças ameaçadas e protegidas pelo Estado cresce 98%
Em dois anos, quantidade de vítimas atendidas pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) quase dobrou no estado de São Paulo
Casos de agressões que levam crianças ao óbito explodiram no país. Um exemplo é o aumento da quantidade de crianças que precisaram de assistência do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) no estado de São Paulo, que quase dobrou nos últimos dois anos.
Entre janeiro e abril de 2019, 78 crianças foram atendidas. No mesmo período de 2021, o número saltou para 155. Um crescimento de 98%. Os dados foram obtidos pela Globonews.
O PPCAAM é um programa da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, que tem o objetivo de investigar denúncias de violência contra a criança que chegam através do Disque 100 ou do Ministério Público, por exemplo.
Se constatada a ameaça, eles agem para proteger a criança e demais familiares em risco. Muitas vezes, essas pessoas são levadas para abrigos em outros municípios.
Segundo o secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, mesmo com o aumento de protegidos, ainda existe subnotificação.
“Como as crianças muitas vezes são ameaçadas pelos próprios familiares, é muito difícil procurar Conselho Tutelar, Ministério Público ou uma autoridade policial. Se vizinhos ou outras pessoas ficarem sabendo dessas ameaças, da violência praticada, por favor informem as autoridades públicas. O Conselho Tutelar é o órgão feito para proteger a criança e retirar do convívio com aquela família na qual ela sofre riscos”, explicou.
O caso do menino Henry no Rio de Janeiro, em que a mãe e o padrasto foram acusados de matar a criança, e o mais recente, o caso Gael, em que a mãe é suspeita de matar o filho de três anos durante agressões, são exemplos de como as crianças estão vulneráveis e precisam de proteção no país.
Fonte: G1