A era da pós-verdade provocou um desequilíbrio no processo civilizatório do mundo. A influências das redes sociais, nos últimos anos, abriu portas para a eleição de governos autoritários, ameaçando a democracia ocidental. A influência é tanta que não é mais possível falar sobre eleições e redes sociais separadamente. No Brasil, uma pesquisa do Datasenado feita ainda em 2019 revelou que 79% das pessoas utilizam o Whatsapp como principal fonte de informação e 83% acreditam que as redes sociais influenciam muito a opinião das pessoas.
Em março deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio do Telegram por não se comprometer com o combate das fake news, promessa essa realizada posteriormente pela empresa. O mesmo ministro já declarou que os candidatos às eleições de 2022 que divulgarem fake news para interferir no processo eleitoral poderão ter seus registros cassados. O que, então, esperar de 2022?
Para conversar sobre eleições e redes sociais, recebemos, no Olhar da Cidadania desta quarta-feira, dia 08 de junho, a jornalista Daniela Mussi e a pesquisadora Ester Borges.
Daniela Mussi é jornalista, cientista social e professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ester Borges é bacharel em Relações Internacionais e mestranda em Ciência Política pela USP e coordenadora de pesquisa da área de Informação e Política do Internetlab.
O programa também contou com a participação do colunista Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, que falou sobre os problemas psicológicos e emocionais que podem surgir a partir da nova realidade social, muito mais atrelada ao mundo digital.
O programa foi apresentado pelo jornalista Joel Scala.
Olhar da Cidadania na Rádio USP
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