Brasil: reações à cloroquina aumentam 558% e mortes pelo uso disparam
A Anvisa já registrou 9 mortes pelo uso de cloroquina e hidroxicloroquina, que fazem parte do “kit covid”, composto por remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19
Segundo dados do Painel de Notificações de Farmacovigilância, mantido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número de notificações de reações pelo uso da cloroquina aumentaram 558%.
O medicamento não tem eficácia comprovada contra a Covid-19, mas já foi defendido para o tratamento da doença diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro.
A Anvisa já registrou 9 mortes pelo uso da cloroquina e hidroxicloroquina, que fazem parte do “kit covid”, composto por remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
Em 2019, a cloroquina estava em sétima posição na lista dos medicamentos responsáveis por notificação de efeitos adversos. Em 2020, a cloroquina passou à primeira posição.
A plataforma mostra que houve um aumento geral no número de notificações de efeitos adversos entre 2019 e 2020. No período, a quantidade de notificações referentes a todos os medicamentos saiu de 8.587 em 2019 para 19.592 no ano seguinte, um crescimento de 128%.
Os gêmeos Genilton e Jailson Rodrigues, de 47 anos, morreram de Covid-19 com apenas dois dias de diferença, em Ponta-Grossa (PR), em março. Ao serem diagnosticados com a doença, ambos receberam o “kit covid” como tratamento.
Outro caso no Brasil foi de um homem orientado a tratar a Covid-19 com medicamentos ineficazes e que acabou na fila do transplante de fígado. O caso aconteceu em Campinas (SP) e o homem tem aproximadamente 50 anos.
Apesar do aumento de mortes e reações adversas, a venda do medicamento continua acima da média.
Fonte: O Globo
Jucinéia Calegari Rodrigues Bento
07/04/2021 @ 10:35
Referente aos medicamentos e só me interessa saber quais medicamentos estão usando para salvar a vidas? Porque tem pessoas se curando com este medicamento?
Obrigado!
Brasil é único país no mundo que proíbe rede social de remover fake news
10/09/2021 @ 17:34
[…] desinformação sob Bolsonaro, com Facebook, Twitter e YouTube tendo removido vídeos em que ele defendia medicamentos sem eficácia comprovada como cura para o […]