Cesta básica mais barata do Brasil equivale a 70% do valor do auxílio emergencial
A cesta básica corresponde ao conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. A cesta básica mais barata em setembro foi a de Natal, com valor médio de R$ 422,31
Um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, em setembro, a cesta básica teve alta de preços em todas as 17 capitais pesquisadas pelo órgão.
A cesta básica corresponde ao conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, conforme previsto pelo Decreto-lei 399/38.
Segundo a pesquisa do Dieese, Florianópolis tem a cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas (R$ 582,40), enquanto a mais barata é a de Natal (R$ 422,31).
Em São Paulo, maior centro econômico do país, a cesta custou R$ 563,35 em setembro, com alta de 4,33%. O Dieese destacou que, no ano, o preço do conjunto de alimentos básicos na capital paulista subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.
Valor da cesta básica x auxílio emergencial
Para ter uma noção do quanto o valor da cesta básica pesa no orçamento das famílias mais pobres, é possível usar como base o valor de R$ 600 do auxílio emergencial.
Em uma família de Natal, onde está a cesta básica mais barata do Brasil, foi necessário investir 70% do valor do auxílio emergencial em setembro para a compra de uma cesta.
Para moradores de Florianópolis, cidade com a cesta básica mais cara do Brasil, o valor da cesta representa 97% do auxílio emergencial.
O auxílio emergencial é um benefício instituído no Brasil pela Lei de nº 13.982/2020, que prevê o repasse de R$ 600 mensais a trabalhadores informais e de baixa renda, microempreendedores individuais e também contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social. Os brasileiros que se encaixam nos requisitos recebem 5 parcelas de R$ 600 e o governo anunciou mais 4 parcelas de R$ 300 para pessoas que se encaixarem em outros requisitos estabelecidos pelo governo.
Fonte: G1