Indígenas usam Inteligência Artificial contra o desmatamento na Amazônia
No Acre, estado brasileiro com as maiores taxas de desflorestamento, indígenas usam drones, GPS e Inteligência Artificial contra o desmatamento na Amazônia
Por: Juliana Lima
A Comissão Pró-Índio (CPI), uma entidade independente e sem fins lucrativos que luta pelos direitos das populações indígenas e quilombolas, está aliando a tecnologia à tradição para ajudar a proteger essas comunidades. A entidade, que vem treinando os povos indígenas em agrossilvicultura e manejo de terras no Acre desde 1996, agora os ensina a usar drones e Inteligência Artificial contra o desmatamento na Amazônia.
Uma das ferramentas utilizadas é a PrevisIA, que foi desenvolvida pela Imazon em parceria com a Microsoft e usa Inteligência Artificial de ponta. A tecnologia já conseguiu detectar 878 quilômetros quadrados de terras que correm o risco de serem desmatadas, estando entre elas 20 Unidades de Conservação e 29 Territórios Indígenas.
Siã Shanenawa é um dos indígenas que passaram pelo treinamento da Comissão Pró-Índio. Hoje, ele atua como um dos 21 agentes agroflorestais da Terra Katukina/Kaxinawá, localizada no município de Feijó, na região central do Acre.
“É muito importante monitorar a terra porque nós, povos indígenas, ficamos mais seguros quando conseguimos detectar se alguém está invadindo, se alguém está tirando madeira da nossa terra, se alguém está caçando diretamente na nossa terra, se alguém colocou fogo perto da nossa terra”, disse Siã ao portal Mongabay.
De acordo com Siã, o monitoramento acontece inicialmente em abordagens moderadas, quando os agentes indígenas circulam por suas terras e conversam com os fazendeiros que atuam perto de suas divisas. No entanto, a iniciativa nem sempre é efetiva. O Acre é atualmente um dos estados brasileiros com as mais altas taxas de desflorestamento.
Agora, o sistema de monitoramento dos indígenas conta também com o uso de drones e GPS para reunir informações sobre invasores e incêndios, que depois são levadas à Funai (Fundação Nacional do Índio).
Para Siã Shanenawa, o combate ao desmatamento na Amazônia é uma responsabilidade de todos e a tecnologia tem ajudado nessa missão: “É papel do cacique, dos moradores, que também têm consciência disso. O monitoramento pertence à comunidade, pertence ao povo”.
Fonte: Razões Para Acreditar
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