Ministra feminista foca no combate à violência doméstica na Argentina
Elizabeth Gómez Alcorta, ministra das Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina, tem criado ações para combater o aumento da violência doméstica no país durante a quarentena
Por: Júlia Pereira
Elizabeth Gómez Alcorta, ministra das Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina, tem se destacado no trabalho da pasta em conter o aumento de violência doméstica durante a pandemia.
Advogada e professora, Elizabeth tem 47 anos. Desde que tomou posse do cargo, afirma o compromisso no combate às violências de gênero.
A ministra também declara ser a favor da legalização do aborto e pressiona o governo para que aprove ainda este ano uma lei que autoriza a interrupção legal da gravidez.
Conheça algumas medidas tomadas pela Argentina no combate à violência de gênero durante o isolamento social:
Reuniões com estados e municípios para definir estratégias
Elizabeth tem feito reuniões com dirigentes estaduais e municipais para orientá-los sobre medidas de combate à violência de gênero.
Além disso, disponibilizou dois números de telefone que funcionam 24 horas para que os governos locais possam pedir orientações ao Ministério.
Violência de gênero considerada “situação de força maior”
Uma resolução federal foi criada para que os casos de violência contra mulheres sejam considerados “situações de força maior”. Desde abril, esses casos estão tendo prioridade no atendimento, investigação e resolução.
A medida foi tomada em articulação conjunta com a ministra da Segurança do país, Sabina Frederic.
Canais de denúncia e ajuda
Em março, no início da quarentena, o Ministério criou três números de WhatsApp para mulheres que não podem falar ao telefone.
Também foi criado um aplicativo de celular para dar orientações nos casos de violência, além de uma conta de e-mail. Os canais funcionam 24 horas.
A pasta também disponibilizou um mapa interativo que mostra o centro de acolhimento mais próximo.
Alojamentos universitários disponíveis para vítimas
O Ministério criou uma parceria com organizações universitárias a fim de disponibilizar quartos de alojamentos que estejam vagos às vítimas que precisem de abrigo durante o isolamento.
A mesma parceria foi articulada com sindicatos de diferentes áreas.
Senha para pedir ajuda em farmácias
Após parceria do Governo com a Confederação Farmacêutica Argentina, as farmácias passaram a atender vítimas de violência.
Ao ligar para a farmácia, a vítima de violência doméstica pede uma “máscara vermelha”, código para o pedido de ajuda.
O funcionário do outro lado da linha pede o endereço e telefone e encaminha os dados para a Linea 144, número oficial de denúncia nesses casos.
Fonte: Universa