Pai, em ato de desespero, mata estuprador do filho ao vivo na TV
Jody Plauché tinha apenas 11 anos quando foi sequestrado e abusado por seu professor; o pai do menino matou o estuprador em frente as camêras de TV.
Jody Plauché tinha apenas 11 anos quando foi sequestrado e abusado por seu professor; o pai do menino matou o estuprador em frente as camêras de TV.
Jody Plauché tinha apenas 11 anos quando foi sequestrado e abusado por seu professor de karatê, o ex-fuzileiro naval, Jeff Doucet. Seu pai em um ato de desespero matou o estuprador do seu filho em frente às câmeras de várias emissoras de televisão.
Pouco antes de Plauché completar 11 anos, ele foi matriculado junto de seus irmãos em aulas de Hapkido, dirigidas pelo ex-fuzileiro naval. De início, conforme relata o The Washington Post, a decisão parecia ter sido a mais perfeita possível: Jody logo ganhou um troféu na importante competição de Fort Worth Pro-Am.
O professor aproveitou da confiança do jovem para começar a ‘testar seus limites’. Um dia, ele se ofereceu para ensiná-lo a dirigir. Quando colocou Jody em cima de seus joelhos, logo pôs suas mãos no colo do jovem.
Em pouco tempo, porém, os ‘testes’ de Doucet se transformaram em abuso sexual. Jody, entretanto, se calou. “Acho que uma das coisas que as pessoas realmente não entendem é por que eu não contei”, explicou após anos do ocorrido.
Como se a situação já não fosse cruel o suficiente com o jovem, elas se tornaram piores ainda em fevereiro de 1984. Conforme relata o The Washington Post, Jeff perguntou a Jody se ele queria ir para a Califórnia. Sem entender direito, ele disse que sim. Iniciava-se ali um plano de sequestro.
Então, no dia 19, Jeff Doucet apareceu na casa dos Plauchés e disse que para a mãe de Jody, June, que queria mostrar ao garoto o novo tatame comprado e que os dois estariam de volta em cerca de 15 minutos. Sem motivos para desconfianças, ela consentiu.
Em vez disso, porém, ele embarcou com o jovem em um ônibus com destino a Los Angeles. Para despistar, Doucet raspou sua barba e pintou o cabelo loiro de Plauché de preto. Em seguida, os dois foram até um motel, onde os estupros começaram.
O sequestro de Jody durou longos 10 dias, o que fez seus pais ficarem cada vez mais desesperados para encontrá-lo. Mas Doucet cometeu um deslize: ele permitiu que Plauché ligasse para sua família da casa onde eles estavam, em Anaheim, na Califórnia. Através disso, a polícia conseguiu rastrear a ligação — o que trouxe Jody de volta.
“Não sabíamos o que fazer”, disse o pai de Jody Plauché, Gary, às notícias locais após o retorno de seu filho, segundo relata o All That Interesting. “Você apenas se sente impotente.”
Com as notícias repercutidas pelos noticiários, que mais tarde ainda confirmaram que Jody foi abusado sexualmente, ele ficou determinado a se vingar do ex-fuzileiro.
Em 16 de março de 1954, enquanto estava tomando um drink em um bar chamado The Cotton Club, segundo aponta o The Washington Post, Gary ouviu a notícia de que Jeff Doucet chegaria a Baton Rouge naquela mesma noite. Seu voo estava marcado para desembarcar às 21h08. Gary já sabia onde e quando encontrá-lo.
Gary esperava o desembarque perto de uma fila de telefones públicos com um revólver 38 escondido em sua bota. Quando o avião pousou, ele ligou para um amigo e contou seu plano: “Aqui vem ele”, disse Gary. “Você está prestes a ouvir um tiro”.
Instantes depois, as câmeras de segurança registraram o pai de Jody saltando das cabines telefônicas em direção a Doucet — que foi atingido na cabeça com um tiro. Todo o ato foi registrado por uma equipe de reportagem da WBRZ News, que estava ao vivo no local.
“Por que, Gary, por que você fez isso?”, gritou o vice xerife Mike Barnett que agarrou Gary e o prendeu contra a parede. “Se alguém fizesse isso com seu filho, você também faria!”, retrucou ele, chorando.
Jeff Doucet morreu no dia seguinte, mas o drama de Jody passou longe de ter um fim naquele dia. “Eu não o queria morto”, disse Jody Plauché à ESPN, três décadas depois. “Eu só queria que ele parasse.”
Posteriormente, o juiz de Baton Rouge determinou que Gary não era uma ameaça para a comunidade e sua sentença de sete anos de prisão foi convertida em cinco de liberdade condicional e 300 horas de serviço comunitário.
Eventualmente, Jody Plauché veio a perdoar seu pai, que faleceu em 2014. “Consegui trabalhar com isso e, eventualmente, aceitar meu pai de volta à minha vida, e meio que voltamos ao normal”.
Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), nos cinco primeiros meses de 2022, 4.486 denúncias de violação de direitos humanos foram registradas contra crianças e adolescentes, sendo 18,6% delas ligadas a situações de violência sexual.
Fonte: Aventuras na História