Prefeito de Manaus fala em falta de covas para tantas mortes por Covid-19
Segundo o prefeito de Manaus, se os níveis de mortalidade continuarem como estão, a cidade só terá covas disponíveis para mais “dois ou três meses”
O prefeito David Almeida (Avante) admitiu que Manaus vive um novo colapso no sistema de saúde, em meio a um aumento de casos e internações de pacientes com Covid-19. Segundo ele, se os níveis de mortalidade continuarem como estão, a cidade só terá covas disponíveis para mais “dois ou três meses”.
O prefeito afirmou que pretende construir, de forma rápida, mais 6 mil covas no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, o maior de Manaus. O local é o mesmo onde vítimas da Covid-19 tiveram que ser enterradas em valas comuns por falta de espaço, no auge da primeira onda de infecções na cidade.
A capital amazonense já registrou 84.310 casos de Covid-19 confirmados desde o início da pandemia, além de 3.478 mortes, segundo os últimos dados disponíveis no site da Secretaria Municipal de Saúde. Das 183 novas internações pela doença registradas no estado de domingo (03/12) para segunda (04/12), 177 aconteceram em Manaus.
Diante do aumento dos casos de Covid-19, David Almeida decretou situação de emergência em Manaus pelo período de 180 dias. Publicado ontem no Diário Oficial do Municípi (DOM), o decreto nº 5.001 autoriza, entre outras medidas, a contratação temporária de pessoal e de serviços, além da compra de bens e materiais necessários para conter o avanço da pandemia.
Recentemente, o médico Filipe Shimizu, que é clínico geral e trabalha na linha de frente da pandemia de Covid-19, fez um vídeo no qual chora relatando o caos dos hospitais com o aumento de casos da Covid-19.
“Acabei de chegar de mais de 12 horas de plantão, sem comer, sem dormir há mais ou menos três ou quatro dias, dormindo ali uma ou duas horas por noite e eu estou cansado. Não da vida de médico, mas eu estou cansado de ver tanta gente morrer”, relatou o médico em um dos trechos.
Fonte: UOL