Jovem de 16 anos que teve medida protetiva negada é jogada da ponte pelo ex
Uma adolescente que teve uma medida protetiva negada pela justiça contra o ex namorado, foi jogada pelo rapaz de 18 anos de uma ponte.
Uma adolescente que teve uma medida protetiva negada pela justiça contra o ex-namorado, foi jogada pelo rapaz de 18 anos de uma ponte. Os médicos informaram que ela vai sofrer para conseguir voltar a andar e poderá ter dificuldades motoras pelo resto da vida.
Armado com uma faca, o jovem rendeu a adolescente em uma praça e a obrigou a acompanhá-lo até a ponte. No local, ele a pegou no colo e a jogou em um córrego. A adolescente já havia pedido medida protetiva contra o ex-namorado, mas a concessão foi negada.
O rapaz de 18 anos foi preso sob a acusação de tentar matar a ex-namorada. O caso ocorreu em Campinas interior de São Paulo.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com o Instituto Locomotiva revelou que, no Brasil, ao menos 30% das mulheres já sofreram ameaças de parceiros ou ex-parceiros e uma em cada seis mulheres já sofreu tentativa de feminicídio.
Os resultados mostram que 57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual parceiro ou ex e 37% conhecem uma mulher que sofreu tentativa ou foi vítima de feminicídio íntimo, termo que se refere a casos em que a vítima tinha algum tipo de vínculo com o autor do crime, seja conjugal, extraconjugal ou familiar.
Entre as mulheres que já sofreram ameaças de parceiros ou ex-parceiros, 53% afirmam que também sofreram tentativa de feminicídio. Além disso, 57% das mulheres ameaçadas terminaram o relacionamento, mas 12% disseram que não levaram as ameaças a sério ou não tomaram nenhuma atitude.
Para 49% das pessoas, o momento de término da relação é o mais perigoso para as mulheres, enquanto 28% dizem que qualquer momento pode ser fatal. Segundo a promotora Valéria Scarance, do núcleo de violência de gênero do Ministério Público do Estado de São Paulo, “denunciar o agressor é o primeiro passo e o mais importante para se proteger”.
No entanto, o medo, a descrença na justiça e o desconhecimento dos equipamentos de apoio dificultam a denúncia.
Fonte: R7